Campanhas de email geradas com IA funcionam? Veja o que os nossos dados respondem

22 min
Atualizado:

Eu e você já sabemos que podemos aplicar ferramentas de inteligência artificial em estratégias de marketing. Essa tecnologia vem chamando a atenção de muitas empresas, com a promessa de aumentar a eficácia em várias tarefas de divulgação.

Mas será que a expectativa se confirma na prática? Como a entrada da IA na elaboração de uma campanha de marketing impacta a performance? Qual é a melhor forma de usar os algoritmos nesses processos?

Fazia tempo que eu queria investigar esse assunto nos mínimos detalhes, então decidi mergulhar na base de dados da GetResponse e ver como os nossos clientes têm se saído com a IA ultimamente.

Como o coração da nossa plataforma é o email marketing, essa é a estratégia que escolhi como referência para a minha pesquisa.

A partir de agora, você vai ver estatísticas sobre o uso de IA em mais de 16 mil emails enviados dentro da GetResponse, por empresas de diferentes setores, tamanhos e orçamentos.

Vamos comparar o desempenho das mensagens criadas dentro do nosso gerador com IA e as que os usuários elaboraram do zero, no editor clássico de templates.

Vem comigo!

Como selecionamos os dados

Antes de dar a palavra aos números, cabe uma breve explicação sobre o processo que seguimos para este levantamento.

A GetResponse é uma plataforma global de email marketing, com clientes que atuam em diversos segmentos de mercado. No início do ano passado, incorporamos uma funcionalidade de IA para a redação e o design de emails, equipada com a tecnologia da OpenAI (a criadora do ChatGPT).

Essa ferramenta não substituiu o nosso editor de email e newsletter, no qual o usuário pode escolher um template e escrever a mensagem do zero. Portanto, são dois métodos disponíveis dentro da GetResponse.

opções para criar emails dentro da getresponse

O gerador de email com IA recebe informações do usuário sobre o:

  • tipo de mensagem (boas-vindas, newsletter informativa, etc.);
  • tema do email;
  • tipo de empresa (academia, loja de roupas, restaurante, etc.);
  • público-alvo do email (estudantes universitários ocupados, engenheiros recém-formados, etc.).

Depois, o cliente pode escolher entre diferentes tons de redação para a mensagem, como amistoso, formal, convincente, etc. O próximo passo é a definição de um layout e o esquema de cores do email.

Com o rascunho feito, o usuário também pode contar com a IA para criar o assunto da mensagem que será enviada.

O método tem a premissa de que a IA pode usar todas as escolhas do usuário para “programar” o email ideal para cada campanha, considerando que o cliente sabe muito sobre a oferta dele e o comportamento do público.

E o objetivo da nossa análise foi descobrir como esse conceito se reflete nos resultados. Selecionamos todos os emails que tiveram algum componente criado com IA (assunto ou texto e layout), criados e enviados em 2024.

Comparamos essas mensagens com as que foram elaboradas pelo método clássico e analisamos o desempenho dos dois grupos nos seguintes critérios:

  • Taxa de abertura;
  • taxa de cliques (CTR);
  • taxa de cliques por abertura (CTOR);
  • cancelamentos de assinatura;
  • denúncias de spam.

Além das estatísticas gerais para essas métricas de email marketing, dividimos os dados pelos segmentos de mercado em que os clientes atuam. A ideia é descobrir os setores que mais têm usado a IA e verificar se essa tecnologia tem funcionado melhor para alguns do que para outros.

Por fim, colocamos em perspectiva os dados do último Benchmark de Email Marketing da GetResponse, no qual avaliamos a performance dos nossos clientes em diferentes métricas. Confira o relatório no link anterior!

Editor’s note

Nota do editor: O levantamento apresenta um panorama geral da aplicação da IA generativa nas campanhas de email. Por isso, recomendo que você use esses dados apenas como uma amostragem e não um guia direto para tomar decisões na sua estratégia.

Dito isso, vamos às estatísticas!

Emails gerados por IA vs. Emails criados do zero: quem tem a melhor performance geral?

Começamos com um sobrevoo pelas médias de desempenho de cada tipo de email em algumas métricas importantes. Antes, um rápido esclarecimento sobre o que cada uma indica.

As três primeiras métricas da tabela têm relação direta com o engajamento do usuário, porque indicam se ele teve o interesse de abrir e interagir com o conteúdo e os links apresentados na mensagem.

Apesar de também revelarem alguns detalhes sobre o engajamento, as duas últimas métricas incluem aspectos que vão além da qualidade do conteúdo em si. Uma taxa de cancelamento de assinatura alta, por exemplo, pode indicar que aquele remetente coletou muitos endereços de email sem a permissão das pessoas, que saem da lista ao perceberem essa infração.

MétricaGerados com o apoio de IACriados do Zero
Taxa de abertura37,37%41,05%
Taxa de cliques (CTR)9,44%8,46%
Taxa de cliques por abertura (CTOR)25,25%20,62%
Cancelamento de assinatura0,16%0,14%
Denúncias de spam0,01%0,01%

Essa comparação geral mostra um cenário equilibrado nos resultados dos dois tipos de emails, com oscilações em alguns critérios.

Taxa de abertura: 1 x 0 para os emails sem IA

As mensagens criadas do zero tiveram uma pequena vantagem na taxa de abertura, é difícil atribuir a diferença à ausência da IA no processo.

Poderíamos até supor que os assuntos desses emails são mais atrativos para os usuários, mas já vou detalhar esse ponto em uma tabela específica.

Hoje o monitoramento das taxas de abertura sofre a influência de muitos fatores, como estes:

  • segmentação das listas de email: se enviarmos ofertas a usuários que não têm interesse nelas, tendem a ignorar a mensagem;
  • regras de privacidade em alguns dispositivos: a Apple, por exemplo, permite que os usuários visualizem o email sem abri-lo, o que interfere diretamente na análise;
  • credibilidade do remetente: dependendo do nome do domínio que envia a mensagem e da forma em que ele se apresenta na caixa de entrada, o usuário pode clicar para abrir o email ou ignorá-lo;
  • a hora de envio: alguns momentos específicos do dia podem ser mais ou menos favoráveis para que os destinatários consumam o conteúdo de um email;
  • e vários outros, como o perfil demográfico do público, o tipo de email enviado, as preferências do leitor, etc.

Quis destacar esses pontos para mostrar que a sua taxa de abertura não vai subir ou cair magicamente se você usar IA na elaboração dos emails. Mas é um experimento interessante, porque o algoritmo pode ajudar a definir bem o público ideal da mensagem, a estrutura e o título.

Depois, refine o conteúdo e o design para garantir a consistência com a sua marca, dispare e acompanhe as aberturas. Testar nunca é demais!

Taxa de cliques (CTR): 1×1

O CTR talvez seja a métrica de engajamento mais importante no email marketing. Ela mostra o nível de interesse das pessoas pelo conteúdo apresentado, ao ponto de clicarem em um link dentro da mensagem.

Nessa disputa, os emails criados com o apoio da IA ganharam com um placar apertado. Também não podemos afirmar que foi o motivo principal para o resultado, mas considerando o valor do CTR, é uma diferença mais significativa que a da taxa de abertura.

A quantidade de cliques em um email pode variar de acordo com:

  • a relevância do conteúdo para o usuário: imagine que você atraiu a pessoa com um assunto que prometia X, mas entregou uma oferta Y no corpo do email. O clique fica só no sonho, mas se atender as expectativas da pessoa e conquistar a atenção dela, ele acontece.
  • O tipo de email enviado: mensagens transacionais como a de “seu pedido chegou” costumam ter taxas de cliques bem menores que as newsletters informativas, por exemplo.
  • A experiência do usuário: se o email não funciona bem na tela do celular ou o botão do link tem algum erro, a taxa de cliques também pode piorar.

Mas como a IA pode ajudar a conseguir mais cliques nas suas campanhas?

Você informa à ferramenta o tema do email, a abordagem, o tom de voz, o perfil da sua empresa e o público. Ela usa essas informações para criar uma proposta de email que atenda os objetivos especificados.

Depois, a sua missão é editar o que a IA entregou e incluir links em lugares estratégicos, para incentivar o clique e levar o usuário para onde quiser.

como funciona o gerador de email com ia da getresponse

É um processo no qual a sua participação é fundamental, porque a qualidade do resultado final depende da precisão das instruções que você dá ao algoritmo.

Mas também vale testar o método clássico, sem IA, para comparar o desempenho na sua própria realidade. Algumas campanhas são especiais e demandam uma intervenção mais direta de quem está à frente da marca para conseguir os cliques que vão provocar conversões no futuro.

Taxa de cliques por abertura (CTOR): a virada da IA

A análise desta métrica depende das outras duas para fazer sentido, portanto podemos tratá-la mais como um recurso didático.

Mas é certo que quanto maior o CTOR, melhor, porque em essência ele indica compara a quantidade de pessoas que abriram o email com as que clicaram em um link dentro dele.

Pela equação que calcula o CTOR, ele foi maior nos emails criados com IA. Uma hipóstese para o resultado é a de que o direcionamento do público e do tom de voz pelo algoritmo pode ter ajudado a gerar mais cliques, mesmo com menos aberturas, sendo mais eficaz no fim das contas.

Vale a pena aplicar as mesmas dicas dos tópicos anteriores e acompanhar a taxa de cliques por aberturas, porque ela é um bom sinal de saúde da sua estratégia de email.

Taxa de cancelamento de assinatura: o empate dos emails criados do zero

A retenção de usuários na sua lista de email é fundamental para construir uma comunidade sólida para a marca. E se você não capricha no preparo das mensagens, pode acabar afastando os destinatários.

No nosso levantamento, os emails criados sem IA venceram por uma pequena margem. Em teoria, isso pode significar que as mensagens feitas do zero tiveram um estilo de comunicação um pouco mais coerente com o que a marca costuma aplicar, o que não gera um efeito negativo no usuário.

Mas assim como as demais métricas, a taxa de cancelamento varia por diferentes motivos, que vão além do uso de IA na construção das mensagens. Alguns deles são:

  • consentimento do usuário: quem compra listas de emails genéricas, por exemplo, corre o risco de ter taxas altíssimas de assinaturas canceladas;
  • frequência de envios: se a pessoa entender que a sua comunicação é excessiva, pode apertar o botão de descadastro sem cerimônia;
  • conteúdo forçado ou enganoso: uma mensagem com um tom comercial muito agressivo, tentando empurrar um produto, ou que ludibria o usuário com um clickbait, também gera muitas saídas.

Caso queira usar IA no seu processo criativo, preste atenção ao tom da mensagem para não assustar o usuário com uma abordagem confusa ou incompatível com o seu estilo.

Outra ação essencial é conectar o público do email com a lista de destinatários que vão recebê-lo.

Imagine que você tem uma newsletter de receitas para diferentes perfis de consumidores, e decide usar a IA para criar um email sobre as melhores carnes para a frigideira, mas por descuido o envia à lista de usuários veganos. O cancelamento da assinatura pode ter um sabor ainda mais amargo nesse caso.

Denúncias de spam: decretando o empate geral

Uma das premissas mais comuns sobre a IA generativa é a de que o conteúdo criado por ela é impreciso e duvidoso. Essa afirmação é real em alguns casos, como os prints de resultados bizarros em buscas feitas com o recurso de IA do Google este ano.

No email marketing, enviar mensagens desse tipo pode ser fatal para a credibilidade do remetente, com o risco de receber as temidas denúncias de spam.

Elas acontecem quando o usuário clica a opção de “marcar como spam” na caixa de entrada, o que leva os provedores de email a enfraquecer a reputação do domínio.

O nosso levantamento indica que os emails criados com e sem IA tiveram a mesma taxa de denúncias de spam (muito baixa, inclusive, ainda bem!), então aqui não temos nenhuma conclusão incontestável.

Fica o lembrete das boas práticas que mencionei acima. Segmente bem a sua lista, revise com atenção o conteúdo do email antes de enviá-lo e compartilhe ofertas realmente relevantes com o seu público e não force a comunicação. Assim, ninguém vai ter motivos para denunciar os seus emails, sejam eles feitos com IA ou não.

Estatísticas de IA em emails por segmento de mercado

Será que a IA tem gerado resultados mais animadores nas campanhas de email em áreas específicas? Essa tecnologia funciona da mesma forma para todos os tipos de empresas?

Vejamos agora o que os dados dos clientes da GetResponse revelam.

Taxa de abertura

A taxa de abertura média do nosso Benchmark do ano passado foi de 26,8%.

SetorGerados por IACriados do zero
Agências57,2%43,79%
Artes e Entretenimento44,88%52,34%
Automotivo38,98%36,65%
Comunicação49,60%62,92%
Educação31,81%44,61%
Finanças40,19%40,84%
Beleza e bem-estar46,11%41,44%
Saúde61,23%47,65%
Marketing Digital52,10%33,77%
Jurídico41,94%57,13%
ONGs e entidades sem fins lucrativos57,94%59,88%
Editorial24,26%46,24%
Imobiliário30,79%38,28%
Restaurantes38,05%47,99%
Varejo35,07%38,84%
Esportes27,10%42,08%
Tecnologia e TI48,08%42,86%
Turismo28,79%32,85%
Outros (não informado)36,50%40,56%

Em geral, os emails criados do zero tiveram taxas de abertura melhores em quase todos os setores, principalmente nos de Esportes, Editorial e Jurídico.

Por outro lado, as empresas de Saúde, Marketing Digital e Agências conseguiram ótimos números nos emails gerados com IA. Nas outras áreas os resultados foram mais equilibrados, mas no final a vitória foi para as mensagens preparadas sem o uso de algoritmos generativos.

Editor’s note

Fun fact:Os campeões da taxa de abertura no nosso último Benchmark de Email Marketing foram os setores de Comunicação, ONGs e Editorial. Coincidentemente, os três alcançaram médias bem maiores nos emails elaborados sem IA.

Editor’s note

Fun fact 2

Os três setores com as piores taxas de abertura no último Benchmark foram Saúde, Marketing Digital e Finanças. Os dois primeiros dobraram as suas médias nos emails feitos com IA este ano, enquanto o último saiu de 26,5% para 40% nos dois métodos. Evolução impressionante!

Taxa de cliques (CTR)

No último Benchmark da GetResponse, a média geral de CTR foi de 1,89%.

SetorGerados por IACriados do zero
Agências29,05%12,98%
Artes e Entretenimento29,00%13,64%
Automotivo3,19%9,85%
Comunicação10,90%34,67%
Educação9,95%8,57%
Finanças1,23%10,80%
Beleza e bem-estar4,77%4,50%
Saúde14,23%6,45%
Marketing Digital18,65%3,97%
Jurídico22,87%30,47%
ONGs e entidades sem fins lucrativos21,65%21,14%
Editorial1,13%12,70%
Imobiliário9,42%8,97%
Restaurantes2,14%7,80%
Varejo9,47%15,71%
Esportes79,36%22,59%
Tecnologia e TI19,67%19,97%
Turismo20,04%6,07%
Outros (não informado)7,53%7,73%

Disputa acirrada aqui, 10×9 para os emails gerados com IA! É um reflexo das médias gerais que vimos acima. Outro resultado que interferiu bastante na conta final foi o do setor de Esportes, que teve um CTR extraordinário.

Alguns segmentos conseguiram taxas muito maiores nos emails criados do zero, como Editorial (11x!), Finanças (quase 9x), Automotivo, Restaurantes e Comunicação (o triplo, aproximadamente). 4 desses 5 também tiveram resultados piores nos emails com IA quanto à taxa de abertura.

Outras áreas observaram um engajamento bem maior nas mensagens criadas com o apoio do nosso gerador. Além do de Esportes, destaque para o Turismo (o triplo), Marketing Digital (quase 5x), Saúde, Artes e Entretenimento e Agências (pouco mais que o dobro).

Editor’s note

Fun fact: O padrão da taxa de abertura se repete no CTR para os setores de Marketing Digital e Saúde. Os dois tiveram médias inferiores a 2% no Benchmark do ano passado, e agora alcançaram resultados bem melhores com ambos tipos de emails.

Editor’s note

Fun fact 2:

O setor Editorial e o de Finanças talvez tenham um alerta vermelho com o uso de IA nos emails. Eles ficaram no top 3 de CTR no Benchmark do ano passado, e neste ano as mensagens geradas pelo algoritmo tiveram um desempenho bem inferior às médias históricas dessas áreas. Em compensação, os emails criados do zero chegaram a taxas de cliques mais de 2x melhores que as do ano passado. Nestes casos, vale a pena revisar com uma cautela ainda maior o conteúdo criado por IA, para que a versão final seja bem-sucedida.

Taxa de cliques por abertura (CTOR)

O resultado médio dos nossos clientes nesta métrica no ano passado foi de 7%.

SetorGerados por IACriados do zero
Agências50,73%29,64%
Artes e Entretenimento64,63%26,07%
Automotivo8,18%26,88%
Comunicação21,97%55,10%
Educação31,27%19,21%
Finanças3,06%26,46%
Beleza e bem-estar10,36%10,87%
Saúde23,24%13,53%
Marketing Digital35,79%11,76%
Jurídico54,52%53,34%
ONGs e entidades sem fins lucrativos37,37%35,30%
Editorial4,67%27,46%
Imobiliário30,61%23,44%
Restaurantes5,63%16,26%
Varejo27,00%40,45%
Esportes292,84%53,67%
Tecnologia e TI40,92%46,60%
Turismo69,61%18,48%
Outros (não informado)20,63%19,06%

Aqui o resultado foi de 11×8 para os emails criados com IA, parecido com o da tabela de CTR, até pela relação direta que existe entre as métricas.

Só observamos mudanças no setor Jurídico e no de Beleza e Bem-Estar. No primeiro, os emails gerados por IA tiveram um melhor CTOR e no segundo o ganhador foi o método de elaboração do zero, mas com margens mínimas.

Chama a atenção o CTOR do setor de Esportes, completamente fora da curva! É um número possível pelo fato de que esta métrica é calculada com base na quantidade total de cliques e aberturas. Portanto, um email pode ser aberto mais de uma vez e ter vários cliques, o que talvez seja um bom sinal de engajamento.

Editor’s note

Fun fact:

A maior taxa de CTOR alcançada por um setor no Benchmark do ano passado foi de 16,68%. Nos emails criados sem IA neste ano, só quatro setores ficaram abaixo desse resultado (Restaurantes, Marketing Digital, Saúde e Beleza e Bem-estar). Isso sugere que no geral os nossos clientes têm tido um melhor desempenho nesta métrica. Em dois desses segmentos (Saúde e Marketing Digital), os emails gerados por IA os ajudaram a alcançar resultados superiores a esse benchmark recente.

Editor’s note

Fun fact 2:

Mais uma vez a dupla Edtorial e Finanças aparece com resultados especialmente negativos nos emails criados por IA. Nesse método, ambos tiveram um CTOR pior que o do ano passado. O mesmo ocorreu com o setor de Restaurantes. Por outro lado, os segmentos de Saúde e Imobiliário superaram os próprios resultados em quase 5x nos emails gerados com o nosso algoritmo.

Taxa de cancelamento de assinatura

O desempenho médio dos nossos clientes nesta métrica no ano passado foi de 0,1%.

SetorGerados por IACriados do zero
Agências0,41%0,19%
Artes e Entretenimento0,15%0,19%
Automotivo0,28%0,14%
Comunicação0,18%0,10%
Educação0,17%0,18%
Finanças0,08%0,09%
Beleza e bem-estar0,27%0,16%
Saúde0,40%0,24%
Marketing Digital0,15%0,15%
Jurídico0,55%0,19%
ONGs e entidades sem fins lucrativos0,24%0,14%
Editorial0,06%0,13%
Imobiliário0,17%0,13%
Restaurantes0,23%0,24%
Varejo0,14%0,14%
Esportes0,25%0,14%
Tecnologia e TI0,14%0,14%
Turismo0,14%0,10%
Outros (não informado)0,17%0,13%

Seguindo o cenário das médias gerais, os emails criados do zero levaram vantagem no cancelamento de assinatura. 11×5, com 3 empates.

É uma taxa historicamente baixa em todas as estratégias e áreas empresariais, por isso não vemos grandes variações nesta comparação.

Os setores de Saúde, Jurídico e Agências tiveram resultados preocupantes nos emails gerados por IA.

Poderíamos supor que no caso dos dois primeiros, esse comportamento aconteceu porque eles tratam de temas mais delicados, em que a divulgação de informações não checadas gera um efeito muito negativo no usuário. Mas essa hipótese só seria confirmada se conseguíssemos analisar os detalhes de cada campanha enviada.

Editor’s note

Fun fact:

Apesar dos números complicados nos emails com IA nas três métricas anteriores, aqui os setores de Finanças e Editorial podem ficar mais tranquilos. Eles já tinham uma taxa de cancelamento de assinatura superior à média no Benchmark do ano passado, e mantiveram esse desempenho nos dois tipos de email, inclusive com uma leve vantagem para os gerados por IA.

Taxa de denúncias de spam

O nosso último Benchmark revelou uma média geral de menos de 0.01% para os clientes nesta métrica.

SetorGerados por IACriados do zero
Agências0,03%0,01%
Artes e Entretenimento0,01%0,01%
Automotivo0,04%0,02%
Comunicação0%0,01%
Educação0,01%0,01%
Finanças0,01%0,01%
Beleza e bem-estar0,02%0,01%
Saúde0,02%0,01%
Marketing Digital0,01%0,01%
Jurídico0,03%0,01%
ONGs e entidades sem fins lucrativos0,02%0,01%
Editorial0%0,01%
Imobiliário0,03%0,01%
Restaurantes0,02%0,01%
Varejo0,01%0,01%
Esportes0,02%0,01%
Tecnologia e TI0,01%0,01%
Turismo0,01%0,01%
Outros (não informado)0,01%0,01%

Apesar do placar bastante favorável aos emails criados do zero (9×2, com 8 empates), as variações foram muito pequenas nos resultados entre os dois métodos.

Esse comportamento também acontece porque as denúncias de spam demandam uma ação mais firme do usuário, já que não são tantos os que tomam o tempo de marcar o remetente como spam diretamente.

As piores taxas foram alcançadas pelos setores Jurídico, Imobiliário e Automotivo, mas não chegam a ser alarmantes.

Editor’s note

Fun fact:

Os setores de Comunicação e Editorial (posso chamar de primos?) foram os únicos que conseguiram a marca de zero denúncias de spam. Justamente nos emails gerados por IA, que tinham provocado resultados não tão animadores para eles nas métricas anteriores. Que curioso!

Assuntos de email gerados por IA ou do zero: quem levou a melhor?

Também pensei que seria interessante trazer esta comparação para o estudo, porque o assunto pode influenciar direta e indiretamente as interações do usuário com o email.

A criatividade do título, o uso de emojis ou pré-headers e outros ingredientes são decisivos para a performance dos assuntos e dos emails como um todo. Afinal, se o seu título não consegue conquistar a atenção do destinatário, todas as taxas podem sofrer efeitos negativos.

O gerador de assuntos com IA da GetResponse funciona com uma lógica bem simples, similar à da ferramenta de email como um todo.

Você informa algumas palavras-chave que indicam o tema central da mensagem e o segmento da sua empresa. Também pode escolher se o assunto vai ter emojis ou não. O algoritmo cruza essas instruções e entrega uma lista de opções, que você pode editar ou não usar.

ideias de assuntos gerados por IA na getresponse

Será que essa ferramenta trouxe bons resultados aos nossos clientes? Vamos descobrir.

Apesar de o assunto interferir diretamente na abertura do email, decidi analisar especificamente o CTR, porque é uma métrica de engajamento mais precisa e valiosa.

Afinal, se o assunto for feito no estilo “clickbait”, por exemplo, e o conteúdo não for relevante para o usuário, a taxa de abertura pode até ser alta, mas não vai servir muito se vier acompanhada de um CTR baixo. A mensagem e o assunto precisam ser coerentes entre si, sem pontas soltas.

SetorCTR dos assuntos gerados por IACTR dos assuntos criados do zero
Agências30,59%12,98%
Artes e Entretenimento41,10%13,64%
Automotivo6,21%9,85%
Comunicação11,20%34,67%
Educação10,24%8,57%
Finanças1,17%10,80%
Beleza e bem-estar4,79%4,50%
Saúde14,49%6,45%
Marketing Digital17,59%3,97%
Jurídico29,65%30,47%
ONGs e entidades sem fins lucrativos21,47%21,14%
Editorial1,13%12,70%
Imobiliário10,10%8,97%
Restaurantes1,26%7,80%
Varejo9,42%15,71%
Esportes83,04%22,59%
Tecnologia e TI21,84%19,97%
Turismo20,14%6,07%
Outros (não informado)8,19%7,73%
Total10,09%8,46%

Os assuntos gerados por IA alcançaram um resultado melhor no total, por uma leve margem. Eles também ganharam na divisão por setores, com um placar de 12×7.

As empresas de Esportes, Agências, Turismo e Artes e Entretenimento tiveram ótimos números nos assuntos criados por IA.

Por outro lado, os títulos criados do zero foram bem melhores nas áreas de Restaurantes, Editorial, Comunicação e Finanças. O cenário é parecido ao das métricas anteriores!

Concluindo

O email marketing é uma estratégia cheia de nuances e critérios, que precisam funcionar em harmonia para gerar resultados positivos em todas as métricas importantes.

A presença e a ausência de IA na elaboração dos emails não é suficiente para determinar o sucesso das suas campanhas. Mas os dados do nosso levantamento indicam que ela pode ser uma boa ferramenta para auxiliar a sua empresa na tentativa de ser mais eficaz na comunicação.

É verdade que em alguns setores as perspectivas da IA parecem ser mais animadoras que em outros e vice-versa. Mas isso não quer dizer que o comportamento médio dos nossos clientes vai se repetir exatamente no seu caso.

No fim das contas, a sua participação no processo é fundamental para que os emails tenham um bom desempenho, com ou sem a ajuda da IA.

Afinal, ela trabalha com as suas instruções, e você sempre tem a possibilidade de modificar os emails que ela entrega para deixá-los do seu jeito.

Mesmo que a ferramenta cometa erros e crie versões que não agradem, pense nela mais como um recurso de apoio e de planejamento do que um software que vai fazer o trabalho inteiro por você.

Teste os dois métodos, experimente dar tipos de informações diferentes ao algoritmo para treiná-lo com o estilo da sua marca e varie as abordagens para saber quais funcionam melhor para o seu público.

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Érico Mafra
Érico Mafra
Érico Mafra é o responsável pela condução e otimização da estratégia de SEO da GetResponse para os países ibéricos e latinoamericanos. Formado em Jornalismo pela PUC Minas, Érico começou a se interessar diretamente pelo dinâmico mundo do marketing digital. Ele escreve com frequência no blog da GetResponse e já colaborou como autor em sites reconhecidos no mercado, como SEMRush, Search Engine Journal e Rock Content. Você pode entrar em contato com ele pelo LinkedIn. Conheça mais sobre o Érico.
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