Em 24 de fevereiro, por volta das 6:15 da manhã (hora da Polônia), nossos amigos em Kiev escutaram o pior toque de despertador que poderiam imaginar.
Uma sequência de explosões estrondosas rasgou o ar, espalhando pânico e horror a essa sossegada capital europeia, casa de 3 milhões de pessoas.
Aquele foi o marco zero da agressão russa contra a Ucrânia. Uma incompreensível investida de violência, promovida por uma potência nuclear com mais de 1 milhão de militares — justificada por premissas falsas — que invadiu um vizinho mais fraco, cujo exército é 5 vezes menor.
O ataque da Rússia quebrou o ciclo de quase 80 anos de paz (relativa) que a Europa vivia.
Aos nossos clientes, parceiros e colaboradores:
Nós condenamos a decisão do governo russo de invadir a Ucrânia. Estamos indignados com os crimes de guerra cometidos pela Rússia no país vizinho: bombardeando alvos civis, assassinando cidadãos de um Estado soberano (tirando a vida de mulheres e crianças), usando artilharia altamente letal (incluindo bombas termobáricas e de fragmentação).
Também nos opomos com firmeza ao retrato enganoso da realidade que a Rússia vem disseminando:
- degradando a real natureza desta guerra cruel ao fingir que se trata de uma “operação especial” ou um “conflito”;
- sufocando a verdade sobre milhares de mortes russas na ofensiva injusta à Ucrânia;
- prendendo manifestantes contrários à guerra (como Yelena Osipova, de 77 anos, sobrevivente do Cerco a Leningrado na Segunda Guerra Mundial);
- impedindo o exercício da liberdade de expressão na Rússia.
A Rússia alega que iniciou uma operação para “desnazificar” a Ucrânia — um argumento extremamente irônico, afinal, o presidente ucraniano é de origem judaica e quatro familiares dele foram assassinados pelos nazistas.
Ainda assim, a Rússia efetivamente está empreendendo uma guerra de larga escala contra um vizinho pacífico, seguindo os passos da Alemanha nazista quando, apoiada pela União Soviética, invadiu a Polônia (meu país natal) em 1939.
Esse aspecto é especialmente relevante, já que a Rússia anexou territórios ucranianos há 8 anos.
A GetResponse tem clientes em todo o mundo e centenas de funcionários (incluindo russos e ucranianos), por isso precisamos nos posicionar.
Aqui estão os detalhes da nossa visão:
Auxílio à Ucrânia
Enviamos 200.000 PLN (cerca de R$ 225 mil) em assistência médica aos ucranianos por meio da iniciativa BiznesDlaUkrainy.pl (“Negócios poloneses pela Ucrânia”).
Alocamos outros R$ 25.000 para a oferta de moradia a mulheres e crianças que saem da zona de guerra em direção à Polônia.
Nossos colaboradores
Temos uma série de ucranianos no nosso quadro de funcionários e estamos providenciando diferentes formas de assistência a eles e seus familiares nestes tempos difíceis.
Ao mesmo tempo, estamos apoiando nossos profissionais na Rússia, em virtude do impacto que enfrentam com a decisão do governo de avançar na ocupação injustificável da Ucrânia.
Interrupção de novas vendas de software à Rússia
Em resposta à invasão sem precedentes sofrida pela Ucrânia, estamos pausando as novas vendas dos nossos produtos na Rússia e em Belarus.
Cortamos relações com todas as agências governamentais russas e empresas suspeitas de contribuir para essa agressão de guerra.
Queremos apontar que não vamos romper os nossos laços com as empresas de pequeno e médio porte que temos como clientes.
Em vista da política implacável da Rússia de bloquear a livre expressão, entendemos que o e-mail se mantém como um dos poucos canais abertos que negócios e pessoas podem utilizar para se manifestar sem restrições.
A GetResponse tem marcado presença na Rússia por 9 anos e atua de forma significativa no mercado desse país. A decisão de limitar a nossa operação na Rússia tem sido desafiadora para nós. No entanto, dadas as circunstâncias, essa é a conduta correta.
Reforçamos nosso apoio à Ucrânia e a continuidade do nosso objetivo de auxiliar as pessoas ao nosso redor da melhor maneira.
Slava Ukraini! 🇺🇦 Glória à Ucrânia!